terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Sabinada

A Bahia, desde o período colonial, se destacou como palco de luta contra a opressão política e o desmando governamental. Entre outras rebeliões de escravos desencadeadas durante a Regência, a Sabinada se destacou enquanto movimento de natureza eminentemente popular. Antes do seu desenvolvimento, um grupo de negros malês tentou conquistar da cidade de Salvador. Contudo, mediante a delação às autoridades, essa primeira revolta não se desenvolveu. Nesse segundo momento, liderados pelo médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, os participantes da Sabinada se opsueram a mal resolvida questão da centralização política que se arrastava desde o início do Brasil Império. 
Em 7 de novembro de 1837, o movimento conseguiu a adoção dos militares da Fortaleza de São Pedro. Contando com tal apoio, os revoltosos obrigaram o governador Francisco de Souza Paraíso a abandonar seu cargo. Logo após o golpe político, Sabino e seus comparsas decretaram a criação da República Bahiense. Apesar de conseguir sua consolidação, o novo governo se instituiu em caráter transitório, até que o herdeiro do trono brasileiro, Dom Pedro II, chegasse à maioridade. No âmbito social, a nova república, criada em solo baiano, prometia conceder liberdade a todos os escravos que apoiassem o governo. Em resposta ao movimento, o governo regencial nomeou um novo governador e organizou um destacamento de forças militares destinadas a dar fim ao levante. Após bloquear as saídas marítimas de Salvador, as tropas do governo iniciaram o ataque terrestre. Entre os dias 13 e 15 de março, as ruas de Salvador foram ocupadas pelas forças regenciais, que renderam os participantes da revolta. Logo após a batalha, os líderes da revolta foram julgados, sendo que três foram condenados à morte e os demais à prisão perpétua. No entanto, as penas foram posteriormente abrandadas para o degredo em território nacional.

3 comentários:

  1. Uma contextualização do movimento "a sabinada" na história:
    quem governo o Brasil no período chamado "regência"?

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  2. Ótiam pergunta
    O periodo regencial se inicia em 17 de julho de 1831, cerca de dois meses após a abdicação de D. Pedro I. Segundo a constituição de 1824, caso um monarca não pudesse assumir, deveria ser formada uma regência composta por três pessoas, a chamada Regência Trina. O que impossibilitava a ascensão de D. Pedro II ao trono do Brasil era sua idade. Ele tinha apenas 5 anos de idade em 1831.Como no dia da abdicação de D. Pedro I o parlamento brasileiro encontrava-se em férias, não havia no Rio de Janeiro número suficiente de deputados e senadores que pudesse eleger os três regentes. Os poucos parlamentares que se encontravam na cidade elegeram, em caráter de emergência, no dia 7 de abril de 1831, a chamada Regência Trina Provisória, formada para conter as revoltas que vinham ocorrendo desde que D. Pedro I abdicou ao trono do Brasil, além de organizar a eleição da Regência Trina Permanente.

    Esta regência, que governou o país por aproximadamente três meses, era composta pelos senadores Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos — marquês de Caravelas — e pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva — barão de Barra Grande e pai do duque de Caxias. As três grandes correntes políticas do Brasil Imperial estavam assim representadas: os liberais, representados pelo senador Campos Vergueiro, os conservadores, por Carneiro de Campos, e os militares, pelo brigadeiro Lima e Silva, que ficaria conhecido como "Chico Regência".

    Apesar de manter as estruturas políticas do império autoritário, mantendo inalterada a Constituição de 1824, a Regência Provisória tinha um caráter liberal e anti-absolutista. Era o início do chamado avanço liberal, que durou até 1837, quando os grupos políticos das províncias alcançaram um maior grau de autonomia.


    [editar] Governo
    A Regência Provisória, por ter entrado no poder em caráter extraordinário, e como o próprio nome indica (provisória), não fez profundas mudanças na sociedade e na instituição. Entre outras medidas tomadas por ela destacam-se:

    Reintegração do Ministério dos Brasileiros, demitido por D. Pedro I em abril de 1831, após a Noite das Garrafadas;
    Promulgação da Lei Regencial, que restringia as atribuições do Poder Moderador, que temporariamente seria exercido pelos regentes, vetando-lhes o direito de dissolver a Câmara dos Deputados, decretar a suspensão das garantias constitucionais e conceder títulos de nobreza e condecorações;
    Anistia aos presos políticos, para abafar a agitação política;
    Proibição dos ajuntamentos noturnos em praça pública, tornando inafiançáveis os crimes em que ocorresse prisão em flagrante.
    Neste momento, a rivalidade entre brasileiros e portugueses se aprofundava. No final de abril, as manifestações anti-lusitanas se acirraram, devido à inflamada sensação de nacionalismo e liberdade contra o jugo português. Estabelecimentos comerciais portugueses eram atacados e saqueados, funcionários públicos eram removidos de seus cargos, e a população promovia verdadeiros confrontos contra os portugueses que permaneceram no Brasil.

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  3. D. Pedro I abdicou o trono em favor de seu filho Pedro de Alcântara em 1831, que nesse ano, tinha apenas 5 anos. Enquanto ele não tinha idade para governar, o governo foi regido por regentes, mnistros, senadores e deputados.Esse foi o peródo regencial que vaid e 1831 a 1840

    Fonte de consulta: CARDOSO,Odimar Pontes.História Hoje, 7a série:2006.

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